Por essa razão, vem se discutindo a regularização das redes sociais, mas para isso temos que olhar bem lá para trás, quando a mídia impressa e audiovisual começou a ganhar espaço no Brasil, essas mídias especializadas em fofocas que inclusive tinham seus paparazzi, ganhavam muito dinheiro a custa da vida dos famosos, e isso era visto como algo natural, pois as celebridades são consideradas pessoas "públicas", então o famoso que se sentia ofendido com a matéria ao seu respeito, entrava com um processo contra o jornalista que escreveu a matéria.
A questão não está na regulamentação das redes sociais, mesmo porque a rede social é só mais um meio de comunicação, quem posta o conteúdo são as pessoas a quem deve ser responsabilizadas como "pessoa física" pois muitos jornalistas ainda se escondem atrás dos portais de fofocas; já por sua vez os portais de fofocas também devem ter sua parcela de culpa, como "pessoa jurídica", porque uma matéria só deve ou pelo menos deveria ser vinculada com o aval da empresa; falando especificamente em caso de fofocas.
Quando se trata em postar opinião é diferente, porque a opinião de uma pessoa não é uma verdade absoluta, ela é relativa, você pode concordar ou não, já a fofoca muitas vezes é inventada, sem provas concretas ou pelo simples fato de que, mesmo que a informação seja verídica, a pessoa não querer que aquela notícia sobre ela seja divulgada, e o mais cruel, acaba com a saúde emocional da pessoa ofendida.
Se fosse regulamentar hoje, teriam que regulamentar todos os meios de comunicação, impresso e audiovisual, mas essa atitude poderia soar como censura. A impressão que dá é quando uma notícia falsa é dada por um jornalista diplomado que trabalha em uma grande empresa de comunicação, é "menos pior" do que quando é dado por um cidadão comum em suas redes sociais.
Com o acesso cada vez maior da população a internet e consequentemente as redes sociais, os políticos e o judiciário estão com medo que essa situação saía do controle e acreditam que com essa regularização as redes sociais possam ser controladas para evitar esses tipos de acontecimentos, inclusive contra eles mesmos, como já vem ocorrendo.
É praticamente impossível querer regulamentar completamente uma rede mundial tão grande como a internet, para isso realmente acontecer teria que restringir totalmente o uso da internet no Brasil, como os países ditadores comunistas fazem, coisa que talvez o governo e o judiciário não estariam dispostos a arriscarem, apenas pela má repercussão que um projeto desse traria para a imagem de ambos os lados.
